
Combate ao racismo no Gauchão Feminino | Foto: Lara Vantzen/Inter
Em mais uma ação do projeto "Protocolo Zero: Fim de jogo para o Racismo" no Gauchão Feminino 2025, a Federação Gaúcha de Futebol - FGF, com o apoio da Odabá - Associação de Afroempreendedorismo, marcou presença no Gre-Nal Feminino de sábado (13), no SESC Protásio Alves, para conscientizar o público sobre o preconceito no futebol.
Foto: Lara Vantzen/Inter
PARTICIPAÇÃO
A ação contou com as presenças da ex-atleta Liria Lúcia Lopes da Silva, que marcou época defendendo a camisa do Internacional, de Gabriela Marranghello Luizelli, integrante do Departamento de Competições da FGF, da Diretora Financeira da Odabá, Lisiane Canabarro, e do associado Carlos Eduardo Ramos Barbosa.
O evento também proporcionou um encontro cheio de história, momento em que as pioneiras do futebol feminino da dupla Gre-Nal conversaram antes do clássico. Marianita e Marinilsa, ambas ex-atletas do Grêmio, foram recebidas pela ex-goleira Liria.
CARREIRA
A colorada de coração iniciou a trajetória esportiva jogando futebol com seus irmãos e, posteriormente, passou a defender o Inter nos primeiros times femininos do clube. Na década de 1990, atuou tanto no futebol de campo quanto no salão, conquistando o título de campeã gaúcha.
Reconhecida como uma das desbravadoras do futebol feminino colorado, foi a primeira goleira negra da história do Sport Club Internacional. Viveu o preconceito na pele e hoje luta para combater o racismo na nova era do esporte no Rio Grande do Sul.
- Eu também sofria com o racismo por ter a pele negra, sofria também preconceito por estar jogando futebol, que até então era um esporte masculino. Sendo mulher, hoje posso ir ao campo de futebol sozinha. Antigamente, era impensável. Então, meu pai me levava. Atrás do racismo acontecem muitas brigas nos estádios. Eu ignoro comentários racistas nas arquibancadas para não ter confusão, mas a verdade é que a tolerância tem que ser zero - comenta Liria, 61 anos.
Foto: Lara Vantzen/Inter
Durante a iniciativa, Liria Lúcia e os representantes do Protocolo Zero distribuíram brindes e panfletos aos torcedores nas arquibancadas. Antes da bola rolar, as jogadoras de ambos os times e a equipe de arbitragem entraram em campo vestindo a camiseta do projeto.